“A verdadeira amizade é como a fosforescência: nota-se melhor quando tudo ficou às escuras”
Tagore (1861-1941), escritor, poeta e músico indiano
Na passada semana recebi, por sms, um convite que muito me honrou. A satisfação não se deveu à pessoa remetente, muito menos pelo simples convite formulado; a satisfação foi pela proposta, ou seja, o motivo porque um grupo de amigos se iriam reunir para aquilo que todos esperaravam – como veio mesmo a acontecer -, seria um serão agradável na companhia de amigos... bons amigos.
Não posso, ainda, deixar de confessar que após a recepção do convite dei por mim a pensar.
Nos últimos meses afastei-me do círculos de amigos. Tornei-me, conscientemente, um solitário. Entendi que precisava de construir paredes em meu redor, ao invés de estender pontes. E, como em todas as fases, há sempre um princípio meio e fim. Nesta altura encontro-me... no fim do meio!
Voltando à questão fulcral. O pretexto apresentado para esta dita “reunião” seduzia: mar, areia e a lua a banhar um grupo de amigos, convenhamos que se trata de uma proposta irrecusável. Ainda para mais quando os amigos são, por nós, considerados como verdadeiros e bons amigos.
O mar seduziu os mais ousados, aqueles que mostraram que o frio não é obstáculo para um banho nocturno que ajuda a espevitar alguma eventual sonolência própria do adiantado da hora.
A areia foi chão que deu frutos – não precisava, no caso concreto, mas ajudou a florir e a compor ainda mais um ramalhete de amizades que o tempo, por certo, saberá cuidar.
Finalmente, a lua... este satélite, fonte que alimenta o nosso misticismo e muitas das nossas crenças, ousou ausentar-se da festa, surgindo somente por breves minutos. E, apareceu, para ajudar a engrossar ainda mais o enredo que surgiu! Não, não meus amigos! Não estivemos “enrolados na areia” a fazer aquilo que disseram. Estivemos, sim, sentados na areia molhada, à beira mar, conversando sobre o passado e o presente, onde o futuro também acaba sempre por ser abordado.
Triste sina dos amigos que ainda por cima são solteiros que em ocasiões do género, quando se ausentam do olhar dos restantes, são-lhes, de imediato, imputadas acções ou actos de natureza... vocês sabem! Mas não. Nada disso aconteceu. Apenas uma conversa franca, aberta, sincera, divertida e nostálgica, com momentos de mútua instrospecção... no fundo, corporizamos – e apenas isso – o que um dia disse Ralph Waldo Emerson (1803-1882), pensador norte-americano: “um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz alta”.
Embora abismados com as suposições que foram feitas pelos nossos ilustres amigos, retomamos os nossos lugares junto à fogueira onde a lenha ardia não só pela acção do fogo mas também por força da companheirismo que a circundava. Aos poucos, “João Pestana” foi conseguindo impor a sua lei – apenas dois de um grupo de 18 elementos conseguiram resistir – e o pouco que restava da madrugada foi de algum repouso e descanso, após uma mesa farta de comida, bebida e imensa cumplicidade, característica ímpar que une pessoas diferentes na celebração do que melhor um ser humano tem para oferecer: a amizade.
Em conclusão, a noite não poderia ter sido melhor. Pedir mais seria demasiadamente injusto, até porque fez-me compreender algo que me estava a escapar há algum tempo. “Não tenhas pressa de fazer novos amigos, nem de abandonar aqueles que tens”, disse, com a propriedade intelectual que lhe é reconhecida o político e poeta grego Solón (640/559 a.C.). De facto, só agora compreendi o verdadeiro alcance desta afirmação, após um convite inesperado, para uma noite diferente do usual com os amigos de sempre, embora o elemento que motivou a celebração da partilha da amizade apenas tivesse surgido por breves momentos.
Bem haja às mentoras do evento que, sem o saberem, ajudaram-me a compreender pequenas grandes coisas que teimosamente persistia em não querer perceber!
Confuso? Para mim já não o é...
Crónica de uma noite aluada
Author: Arthur /
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24 ataques:
12 limões, meio limão :)
ahahah
20 limões, meio limão ;)
Assim parece ser tão simples....
Ahahahahahaha
pudera... sem bebida pelo meio é fácil não enrolamos a língua... ahahah
20 limões, meio limão
4 limões, meio limão
oh miúda: não precisas ficar vermelha de raiva! mas pronto, confesso, também me senti honrado e muito satisfeito por a remetente da sms e do convite ter sido tu (agora tou para ver o que vão dizer)
Gostei essencialmente de partilhar sem motivos, sem intenções...Terás sempre um lugar à volta da fogueira.
Das "insinuações" que foste alvo, só tenho uma coisa a dizer: que não as leves a mal.
Como sabes e penso que referiste muito bem, elas são bem comuns entre amigos que se querem bem, e não passam disto mesmo: de pequenos desejos, ditos em forma de mimo, de ver felizes, aqueles que mais achamos que o merecem.
Bem, vocês pelo menos podiam começar os comentários com os limões :)
9 limões: concordo ctg a 100%
13 limões: obrigada pela parte que me toca ;)
20 limões: afinal havia qualquer coisa enrolada, mas era a língua ahahahahah (este comentário não tem segundas interpretações sff)
tu queres é limonada. LOLOLOLOLOLOL
Caro amigo folgo em saber que estás de volta, quanto às insinuações, todos nós somos alvo delas, mas entre amigos, elas não passam de provocações saudáveis. Aproveito ainda para dizer que adorei o nosso convívio à beira mar - também ele muito saudável - Bem Haja a todos os presentes e claro às promotoras. Da minha parte só me resta dizer 2 limões – meio limão.
Cristina Pires
As insinuações não têm que ser levadas a peito. Mas a verdade é que estes amigos sairam todos uns atrevidos eheheheheh
Agora um flash back: 12 limões, meio milão
Obrigada a todos pela noite, pelas gargalhadas e pela amizade, pois artifícios, só vi os que enfeitavam o local :)
Esqueci-me de dizer:
Deixei-vos algo em:
www.mostraochip.blogspot.com
Beijos
20 limões, meio limão
isso tá animado por estas bandas. Folgo em ver gente nova por aqui. Claro que sei que as provocações, entre amigos, são sempre sem maldade...
12 limões, meio limão
cuidado com o que dizes: já sabes que esta malta tá sempre atenta a tudo... não deixam escapar nada
raul, se estivesses calado, ganhavas mais dinheiro...
13 limões, meio limão
11 limões, meio limão
já me calei....
aliás, não me calo! Porque me hei-de calar? Sim, porquê? Diz-me Ludmila? Diz-me?
5 Limões ...meio limão ...3 Limoes ...meio milao...lol
nao bebes mais nada ...
Isto é que é espírito :) Ou seja, a boa disposição não ficou na praia, a malta continua...
Vai uma proposta: para o ano, abrimos uma barraca no Campo de São Francisco, decorada com limões. Quem for comprar uma bebida, fica com um número e metemos o campo inteiro a cantar aos limões :)
Só sucesso ahahahaha
isto é que vai aqui uma rica limonada...
A ideia da barraca é gira mas não te esqueças que a Berta iria ver-se obrigada a ter de mudar o nome do evento: de "Noites de Verão" para "Noites dos Limões"
20 limões, meio limão (irra, acertei!) ahahah
Se isto pega, daqui em diante, sempre que a malta se encontrar, as saudações vão ter que ser assim: "20 limões, meio limão; 5 limões, meio limão" (confesso que não sei que é o 5) ihihih
O 5 é o Pedro... que por sua vez passa a bola, ou melhor, o limão, para o 3 ahahahahaha
bem... acho que o 3 dificilmente vai responder... pelo que consigo ver, el nino afaga os caracóis, tentando perceber que mal fez a Deus para que tenha vindo parar ao sítio que vcs sabem do que eu estou a falar ;)
vejo que acataste o meu conselho, raul...
quanto à berta, acho que passaria o nome de noites de verão, para noites do limão. se bem que eu prefiro a lima das caipirinhas e das caipiroscas.
13 limões, meio limão
11 limões, meio limão
o pior é que as noites das limas vão terminar
20 limões, meio limão
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